Portas abertas a Wilson Lima no Progressistas, PL e União Brasil

A janela partidária, que ficará aberta entre 3 de março e 1º de abril, começa a movimentar as pré-candidaturas no Amazonas.

Pelo menos, duas decisões importantes são aguardadas nessa pré-campanha eleitoral: o rumo que vai tomar o governador Wilson Lima, eleito em 2018 pelo PSC, e o ex-governador Amazonino Mendes, sem partido até o momento.

A saída de Wilson Lima do PSC é dada como certa por causa do pouco tempo de rádio e TV, assim como os parcos recursos do fundo eleitoral para ajudar a bancada a campanha de reeleição.

Com isso, o governador está à procura de um partido forte, articulado e, de preferência que vá apoiar a candidatura de reeleição do presidente Jair Bolsonaro.

E pela posição que ocupa na hierarquia política, Lima já tem portas abertas em, pelo menos, dois grandes partidos: o Progressistas, de Arthur Lira e Ciro Nogueira, e o PL (Partido Liberal), de Bolsonaro.

O presidente estadual do Progressistas, deputado Átila Lins, confirma que o convite ao governador do Amazonas já foi feito por ele e pelo presidente nacional licenciado da legenda, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. A cúpula do partido aguarda a resposta.

“O governador Wilson Lima será muito bem-vindo ao PP e, caso, ele venha a decidir pela nossa legenda, estenderemos o tapete vermelho para a sua entrada”, disse Átila Lins.

Informações obtidas pelo BNC Amazonas dão conta de que o alto comando do PL nacional, como o presidente Bolsonaro, o cacique Valdemar da Costa Neto e o presidente estadual do partido, Alfredo Nascimento, também já convidaram o governador a se filiar nas fileiras liberais.

A cobiça pelo União Brasil

No entanto, Wilson Lima está mesmo de olho no novo União Brasil, cuja fusão do Democratas e PSL foi aprovada recentemente pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Informações de bastidores revelam que o principal articulador para filiação do governador no União Brasil é o ex-deputado federal e atual secretário municipal de Educação, Pauderney Avelino, que é incentivado pelo prefeito de Manaus, David Almeida (Avante).

Toda essa movimentação, em torno de Wilson Lima e o União Brasil, tem um objetivo claro: impedir que Amazonino Mendes (ex-DEM e ex-Podemos), líder das pesquisas de intenção de voto, consiga o comando da nova sigla.

Com a fusão, ocorrida em 8 de fevereiro, o União Brasil tornou-se, de imediato, a maior bancada na Câmara dos Deputados, com 81 cadeiras, e o PT, a segunda maior, com 53 parlamentares. Dessa maneira, o novo partido passa a ter direito, em tese, à maior fatia do Fundo Partidário, algo em torno de R$ 160 milhões.

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