Controvérsia envolve instalação de medidores aéreos pela Amazonas Energia em audiência pública

Em uma audiência pública realizada pela Comissão de Minas e Energia na Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (13), foi discutida a relação da instalação de medidores aéreos pela Amazonas Energia. O debate foi solicitado pelo deputado federal Fausto Santos Júnior, e o deputado Mário César Filho foi convidado para participar, e aproveitou a oportunidade para defender os direitos da população em relação a essa questão.

Durante seu discurso, Mário César Filho criticou a concessionária de energia elétrica, destacando que a audiência pública era de extrema importância para revelar a situação enfrentada pelo estado do Amazonas. Ele expressou sua surpresa diante dos transtornos causados à população devido à insistência da instalação desses medidores aéreos, alegando que eles representam a tecnologia mais recente, quando na verdade existem outras alternativas e tecnologias disponíveis para combater roubos de energia e desvios.

“É de suma importância essa audiência pública para que a gente possa mostrar para todo o Brasil o que vem acontecendo em nosso estado. Talvez eu nunca tenha visto, sinceramente, e aqui na presença do presidente da Amazonas Energia, uma empresa gerar tantos transtornos a uma população com a insistência da instalação desses medidores aéreos, alegando que é a mais última tecnologia, quando na verdade sabemos que existem outras maneiras e outras tecnologias para tratar os furtos de energia elétrica e desvios“, declarou.

O deputado fez um apelo ao presidente da Amazonas Energia, Márcio Pereira Zimmermann, para que desistisse da ideia de instalar os medidores aéreos no estado, pedindo que a empresa buscasse outras maneiras e tecnologias para lidar com o problema. Ele ressaltou que os clientes estão insatisfeitos com a situação. Ele também enfatizou que os moradores do Amazonas já pagam a energia mais cara do Brasil, e muitos deles vivem abaixo da linha da pobreza.

Ele destacou que a energia elétrica é um serviço essencial para a vida humana e questionou como os habitantes do estado, que muitas vezes ganham salários mínimos ou valores ainda menores, podem arcar com contas de energia que chegam a R$600, R$700 ou até R$1000. Para ele, essa situação coloca as pessoas em uma difícil escolha entre alimentar seus filhos ou pagar a conta de energia.

“Energia elétrica é um serviço essencial à vida humana. Alguém aqui, por acaso, vive sem energia elétrica? Não dá. Como é que o amazonense, muitos ganham R$400, R$600 ou um salário mínimo para pagar uma energia elétrica de R$600, R$700 e até R$1000? Ora, ou coloca comida na mesa dos filhos ou vai pagar a conta de energia. Desista dessa ideia de instalar esses medidores, não entrem na justiça. Os clientes estão insatisfeitos, encontrem outras maneiras, outras tecnologias“, completou.

Por outro lado, o presidente da Amazonas Energia, Márcio Pereira Zimmermann, tentou minimizar os problemas decorrentes da implantação dos medidores aéreos, afirmando que o modelo é seguro. Ele ressaltou a importância de buscar uma solução equilibrada para a questão, apesar de ter demonstrado preocupação com algumas declarações sobre os medidores.

O debate entre o deputado e o presidente da Amazonas Energia evidencia a insatisfação da população em relação aos altos custos da energia elétrica no estado e a controvérsia em torno da instalação dos medidores aéreos. A audiência pública serviu como um espaço para discutir o assunto e buscar soluções que levem em consideração tanto a modernização do sistema elétrico quanto o bem-estar dos consumidores.

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