Os influenciadores de Manaus que cancelaram rifas e devolveram dinheiro aos seguidores ainda podem estar na mira da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), é o que afirma o delegado Cícero Túlio. Amedrontados com os últimos acontecimentos do mundo digital, muitos influenciadores resolveram devolver aos seguidores os valores pagos nas rifas realizadas para sortear prêmios em dinheiro, aparelhos eletrônicos, veículos e até moradia. Porém, a devolução não isenta os blogueiros de serem investigados. Recentemente, a Operação Dracma resultou as prisões dos influenciadores João Lucas da Silva Alves, 24, conhecido como “Lucas Picolé”; Enzo Felipe da Silva Oliveira, 24, o “Mano queixo”, e Isabelly Aurora Simplício, 21, por esquema fraudulento de rifas e sistema de premiação sem registro, por meio das redes sociais, e escoando posteriormente os valores, sem fiscalização e controle por parte do Ministério da Economia. O delegado confirmou que a operação ainda não terminou e que outros influenciadores estão sendo investigados. Ele afirma que os blogueiros acreditam que o fato de entregarem o prêmio ao ganhador torna as rifas uma prática legal, o que não é verdade. Segundo Cícero Túlio, qualquer sorteio que não tenha autorização do Ministério da Economia, e que não seja de cunho filantrópico, é considerado ilegal. Pois se assemelha ao jogo do bicho, justamente pelo fato de não haver qualquer controle ou espécie de fiscalização ou auditoria sobre os resultados dos sorteios. Além disso, as rifas para serem legalizadas devem ser feitas por meio de empresa constituída e os recursos levantados com a venda de bilhetes devem ser completamente destinados a instituições de caridade. “Os influenciadores estão confundindo… E achando que o fato de os prêmios serem entregues os isentam de ser investigados. O delito não ocorre com a não entrega e o fato de entregar o prêmio não retira o caráter criminoso do jogo de azar, e qualquer bem ou investimento feito com o dinheiro das rifas constitui lavagem ou dissimulação de capitais. A ausência de entrega de prêmios constitui outros crimes como fraude no comércio e estelionato”. Então embora alguns influenciadores tenham devolvido os valores para os compradores de bilhetes, e alegarem que fizeram tudo ‘honestamente’, a pratica ainda é considerada ilegal e pode resultar em cadeia.

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