‘Ministra’ se compromete a ser porta-voz da ZFM nos debates do IPI

Tratada como ministra da Indústria, a secretária de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, Daniella Marques Consentino, se comprometeu a ser porta voz da Zona Franca de Manaus (ZFM) nos debates sobre redução de IPI e reforma tributária.

Esses debates estão em curso no governo e no Congresso nacional.

“Esse é um desafio e eu me comprometo a ser porta-voz. O ministro sempre apoiou a ZFM. Nós sempre tivemos e de quem sempre esperamos apoio”, disse.

Além disso, a secretária afirmou que dará apoio incondicional ao debate. “Contem com meu apoio incondicional nesse debate”, completou.

Os compromissos foram assumidos por ela em Manaus. Foi durante a primeira reunião do ano do Conselho de Administração da Suframa (CAS), presidido por ela, pela primeira vez.

“A gente não pode impulsionar qualquer outra área matando algo que já existe, que gera emprego e gera atividade”, ressaltou Daniella Consentino.

Cobranças

Mas, os compromissos foram assumidos depois que foi cobrada pelo governador Wilson Lima (PSC) e pelo líder empresarial Jorge Nascimento Júnior, presidente da Eletros, entidade que representa empresas que empregam 50% da mão de obra do Polo Industrial de Manaus e metade dos R$ 158 bilhões do faturamento da indústria incentivada.

Por exemplo, Wilson Lima pediu a ela que o Amazonas seja ouvido nas discussões sobre o IPI e reforma tributária.

“O nosso apelo é para que esteja em seu relatório final, de forma muita clara, da preservação da competitividade da ZFM. Esse é um modelo que não pode ser atigindo, é um modelo que tem apresentado resultados para o Brasil e tem sido uma carga muito pesada para as indústrias e para os gestores”, destacou ele sobre a reforma tributária.

Já Jorge Júnior disse que a Eletros confia no governo, mas cobrou segurança jurídica e previsibilidade.

A cobrança leva em consideração que os líderes empresariais receberam informação de que o ato que decidiria as novas regras de redução de IPI já estavam prontas seriam implementadas sem a garantia de vantagens para a ZFM.

“O recado do setor produtivo é que nós queremos segurança jurídica e a previsibilidade para a gente continuar gerando dignidade à população do Amazonas”.

Ele falou isso, dizendo que se pronunciava em nome de todas as entidades representativas das indústrias da ZFM.

“A gente gostaria de fazer um registro aqui de que confiamos no governo”, ressaltou.

Fieam

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Antonio Silva, defendeu que não haja mudança na política fiscal do país.

“O momento é político. Não tem que se mexer em nada nesse país”, retrucou, acrescentando que, caso haja mudança, as vantagens da ZFM deverão ser mantidas.

“Não tem problema nenhum em mexer no IPI, mas tem que ter uma vírgula, executando as vantagens da Zonas Franca de Manaus”.

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