Cheia dos rios leva Prefeitura de Boca do Acre a decretar situação de emergência
Com mais de 500 famílias afetadas pela cheia dos rios Acre e Purus em seis bairros da área urbana e mais de 1.200 famílias em 92 localidades da zona rural, o prefeito de Boca do Acre, José Maria Silva Cruz, decretou hoje, 25, situação de emergência publicada hoje no Diário Oficial eletrônico dos municípios.
De acordo com a prefeitura, mais de 1,6 mil famílias estão sendo diretamente afetadas pela subida das águas e a publicação do decreto vai permitir aos órgãos municipais como a Defesa Civil do município, a atuar de forma a buscar minimizar os efeitos que esse acontecimento está trazendo.
Até esta sexta (25), a régua que mede a cota do rio aponta que o nível das águas está sete centímetros acima da cota de transbordamento total, chegando a 19,07 metros.
Ao Portal G1, o secretário municipal de Defesa Civil, Jony Noronha, disse que são 600 famílias da zona urbana afetadas e mais 1 mil na zona rural. Jony informou que já foi montado um abrigo destinado a abrigar essas pessoas e a previsão é que a partir de hoje, (25), algumas famílias já comecem a deixar suas casas para ocupar o alojamento do município.
No ano passado, quando chegou o mês de março, o município chegou a decretar estado de calamidade pública quando 90% da cidade debaixo d’água, prejudicando mais de 17 mil pessoas.
No decreto, o prefeito chama a atenção para o fato de que aquele município, às margens da hidrovia, é o primeiro a ser atingido, com as forças das águas dos rios Acre e Purus.
“O Município de Boca do Acre está contornado pelos Rios Acre e Purus e lago Novo, o que faz a cheia ser de forma gradual, mas ainda não atingimos o ápice, podendo haver mudanças no cenário atual do evento de forma evolutiva”, pontua o prefeito no decreto.
De acordo o decreto, as previsões dos órgãos de Controle Climáticos, Hidrológicos e Meteorológicos (SEMOA, CPRM, SIPAM e ANA) apontam para um quadro mais agravante.
